"Catalão puro, pleno daquela manhã esplêndida que só existe na Catalunha, de onde vem em grande parte aquela surpreendente juventude, que o faz prolífico diante da admiração universal, esse genial rapaz que preenche a vitrine do mundo, move as gruas ou as girafas de New York, influencia a excessiva capital da civilização. Dalí, com aquela grande dignidade espanhola que não admite o plágio, não tem Picasso como modelo e soma a natural inspiração de todo o moderno à própria originalidade. Dalí é filho de uma nova espécie." Ramon Gomez de la Serna - 1977.
Manequim de Barcelona - 1926
"Dalí define a si mesmo como narcisista e sua autobiografia é simplesmente um ato de exibicionismo. Contudo, existe grande valor como testemunho de uma fantasia, da perversão de um instinto intrínseco à idade moderna. Seria necessário ter-se em mente que Dalí é ao mesmo tempo um grande artista e um ser humano repugnante. Uma coisa não exclui a outra nem, de modo algum, a influencia." George Orwell - 1946.
Jogo Lúgubre - 1929
"Dalí é um dos artistas mais célebres e reconhecidos do mundo, mas também dos mais controversos. No século 20, nenhum outro conseguiu combinar estavelmente o fascínio exercido sobre o grande público com as pesadas críticas reservadas a ele pelas instituições oficiais e pelos historiadores da arte moderna. Ele sabia desde a infância que queria ser pintor, mas viveu em uma época na qual a pintura estava inexoravelmente destinada a perder terreno. Fotografia, objetos, arte conceitual, instalações, happening, todas essas formas expressivas desafiavam a representação pictórica. Dalí assumiu parte do desafio contribuindo para manter vivo o poder expressivo da pintura." Dawn Ades - 2004.
Persistência da Memória - 1931
William Tell - 1930
"Até agora tinha a tendência de considerar os surrealistas - que ao que me parece elegeram-me seu santo protetor - palhaços. O jovem espanhol, com o seu olhar sincero e fanático e a sua inegávelmaestria técnica, induziu-me a toda outra avaliação. Na realidade, seria muito interessante estudar analiticamente a gênese de uma pintura similar. Do ponto de vista crítico, poder-se ia sempre dizer que o conceito de arte foge de um aprofundamento quando a relação quantitativa entre material inconsciente e elaboração pré-consciente não repeita certo limite. De qualquer modo, ele tem sérios problemas psicológicos." Sigmund Freud - 1980.
Cisnes refletindo Elefantes - 1937
Metamorfoses de Narciso - 1937
A face da Guerra - 1940
"Dalí realizou ao final dos anos 1920 telas de fortíssima provocação alucinatória por meio de uma meticulosa e virtuosística descrição de incongruências e deformações onírico-paranoicas. Ao longo da década seguinte e até hoje na sua pintura, a exibição virtuosística tomou um caminho acadêmico e a força alucinatória diminuiu, na implicação de uma temática religiosa ao limite extremo da ortodoxia." Enrico Crispolti - 1969.
Crianças Geopolíticas assistindo ao nascimento do novo homem - 1943
Sonho causado pelo voo de uma abelha ao redor de uma romã, um segundo antes de despertar - 1944
"Salvador Dalí Domènech era um artista extraordinário e um ser humano excepcional que, nascido duas vezes, se definiu divino. Modelava a sociedade ocidental para adaptá-la aos próprios sonhos, escandalizava ou divertia o mundo com as suas zombarias e, mesmo assim, vivia em escura e perpétua agonia, em um castelo em Arpurdán, depois de ter sido um anarquista, um comunista, um cubista, um surrealista, um acadêmico, um místico, um monárquico e Marquês de Púbol." Carlos Rojas - 1984.
Este é o décimo ábum dos Beatles, que é popularmente conhecido como "O Álbum Branco" (The White Album), por não haver nome, e ser apenas um fundo branco com o nome da banda em relevo. E apesar da simplicidade no batismo do álbum, esse disco captura uma grande individualidade de seus integrantes. Os padrões de trabalho nele exercidos são drasticamente modificados com relação àquela sinergia e dinamismo de seus discos anteriores. The Beatles tornou-se um álbum duplo, em parte porque Lennon, McCartney e Harrison insistiram que suas músicas favoritas fossem incluídas.
9 - Bob Dylan - Blonde on Blonde (1966)
Blonde on Blonde é o primeiro álbum duplo da história do rock, e marca uma era em que Dylan, apesar de desinteressado pelo álbum, consegue fortificar seu estilo de letras surreais e um blues com uma levada mais forte. Em 1978, Dylan fez a seguinte declaração sobre este álbum: "mais perto que eu já concebi o som que eu ouço na minha cabeça... que fino." Segue abaixo um cover, feito pela belíssima cantora Marianne Faithfull, da excelente faixa "Visions of Johanna".
8- The Clash - London Calling (1979)
London Calling é o terceiro álbum de estúdio de uma das mais aclamadas bandas do punk rock britânico. O Clash pode ser acusado de ter diluído o punk rock em digressões estilísticas, mas a verdade é que o legado deste álbum foi justamente ter oferecido uma saída vital para o solipsismo do Punk. As influências são diversas, além do punk, London Calling navega por ritmos como o reggae, rockabilly, pop, e o R&B. Outro ponto marcante deste disco é a capa, que faz uma referência consciente à do primeiro álbum de Elvis, embora a foto, seja punk puro. Não foi por acaso que a foto recebeu o prêmio de "melhor foto de Rock'n'Roll de todos os tempos".
Gravado em 1979, em uma Londres que era então arrasada pelo desemprego crescente e da tóxico-dependência, e lançado nos EUA em janeiro de 1980, a aurora de uma década de incertezas, London Calling é composta por dezenove músicas do apocalipse alimentado por uma fé inabalável no Rock'n'Roll para combater a escuridão.
7- The Rolling Stones - Exile on Main Street (1972)
O álbum duplo Exile on Main Street, é considerado por muitos, e pelo próprio Jagger, como o melhor álbum da banda pela sua consistência, plasticidade e versatilidade dos músicos, o qual produz, entre outras a música Tumbling Dice, obrigatória em qualquer show dos Stones até os dias de hoje. Descrito como um verdadeiro turbilhão sujo de blues e boogie, este LP dos Rolling Stones foi considerado orgulhosamente pelo guitarrista Keith Richards como "o primeiro disco grunge da história".
6- Marvin Gaye - What's Going On (1971)
What's Going On é um álbum de soul do cantor norte-americano Marvin Gaye. O LP refletiu o início de uma nova tendência na música soul, com letras introspectivas sobre o abuso nas drogas, a pobreza e a Guerra do Vietña, este disco é considerado, pela crítica, não só um marco da música Pop, como também um dos maiores álbuns de todos os tempos. Apesar do grande sucesso artístico, Marvin estava descontente com seu trabalho, que considerava irrelevante, especialmente frente às transformações sociais pela qual passa os EUA no final da década de 1960.
Como fruto dessa inquietação e da reclusão de Marvin, surgiria What's Going On, disco que mudaria os rumos da música negra norte-americana. Incorporando elementos do jazz e a música clássica, com um forte elemento percurssivo, o LP é um apanhado de reflexões sobre as profundas crenças espirituais do artista, entre as quais a pobreza, corrupção policial e principalmente as mazelas da Guerra do Vietña. O sucesso comercial do disco garantiu a Gaye o total controle sobre seu próprio trabalho. Mais do que isso, ajudou outros artistas da Motown a assumir o controle de seu próprio destino, como foi o caso de Stevie Wonder.
5- The Beatles - Rubber Soul (1965)
Rubber Soul é o sexto álbum lançado pelos Beatles, e é considerado por muitos críticos musicais como o álbum em que a banda de Liverpool começou a tornar seu som mais eclético e sofisticado. A partir deste momento eles superaram sua fase adolescente, e ingressaram no profundo universo poético que começaram a desenvolver neste disco. Cada faixa representou verdadeiras "rupturas", como a letra surrealista e o uso do sitar em Norwegian Wood, o lirismo de In My Life e Michelle, a solidão pungente de Nowhere Man, enfim, Rubber Soul foi considerado o mais inovador álbum de rock lançado até então.
4- Bob Dylan - Highway 61 Revisited (1965)
Highway 61 Revisited é o sexto álbum de estúdio de Bob Dylan, em que caracteriza a fase da carreira batizada de "jovem raivoso", onde muitas letras têm um tom de natureza acusatória, com takes duros e ruidosos. A faixa de abertura Like a Rolling Stone foi considerada como a primeira colocada na lista das 500 Maiores Canções de Todos os Tempos da Revista Rolling Stone.
Bruce Springesteen descreveu o início de Like a Rolling Stone como "um tirambaço que soou como alguém que lhe chutou ao abrir a porta para sua mente." A resposta do cantor folk Phil Ochs para o disco inteiro foi ainda mais chocante: "É incrivelmente bom... Como pode uma mente humana fazer isso?".
3- The Beatles - Revolver (1966)
Revolver é o sétimo álbum dos Beatles, considerado ainda mais inovador do que o seu antecessor (Rubber Soul), este disco marcou a adesão oficial do grupo ao Psicodelismo. A sonoridade transita desde a música oriental em Love You To, aos apelos vibrantes de Got to Get You into My Life, da solidão lúgubre de Eleanor Rigby, ao experimentalismo psicodélico de Tomorrow Never Knows e o ufanismo de Yellow Submarine. "Não vejo muita diferença entre Revolver e Rubber Soul. Para mim, eles poderiam ser Volume 1 e 2", George Harrison disse certa vez.
Revolver estende aspectos mais aventureiros do seu antecessor - a sua introspecção, sua pisicodelia nascente, seu fascínio com as possibilidades de estúdio. O álbum foi lançado em agosto de 1966, e deixou claro que o que nós agora chamamos de "anos sessenta" foi totalmente, e irreversivelmente, em seu curso. Com os Beatles, o mundo embarcaria no submarino amarelo da fantasia, pronto para viver toda a loucura dos últimos anos da década.
2- The Beach Boys - Pet Sounds (1966)
Pet Sounds é o décimo primeiro álbum de estúdio da banda americana The Beach Boys, é considerado um dos mais influentes da música pop. Nesse trabalho, ele teceu camadas elaboradas de harmonias vocais, juntamente com efeitos de som e instrumentos não-convencionais, como sinos de bicicleta, órgãos, cravos, flautas, teremim, e apitos para cães, junto com instrumentos mais usuais como teclados e guitarras. Pode-se dizer que este disco foi um dos primeiros do movimento art rock, um sub gênero do rock que possui influências da música experimental e de vanguarda.
1- The Beatles - Sgt Pepper's Lonely Hearts Club Band (1967)
Sgt. Pepper's é o mais importante álbum de rock'n'roll de todos os tempos, uma aventura inigualável em termos de conceito, som, composição, uma combinação entre o talento musical e a tecnologia do estúdio para compilar o mais marcante disco da maior banda de todos os tempos. Sua inovação emerge da música para a arte da capa. Pelo pouco apelo comercial, não foi muito tocado nas rádios em sua época, mas vendeu 11 milhões de cópias só nos Estados Unidos. O disco recebeu quatro Grammys, entre eles "Álbum do Ano".
O que poucos sabem é que dois dos maiores sucessos dos Beatles, Strawberry Fields Forever e Penny Lane, estariam no Sgt Pepper's, mas foram lançados como um compacto. Das explosões regal a canção-título de latão e guitarra fuzz à apreensão da orquestra a longo prazo e acordes de piano a morrer no final de A Day in the Life. As trezes faixas de Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band são o auge dos Beatles, depois deste álbum nunca mais o quarteto o mesmo, destemidos e unificados em busca da magia e transcendência.
Primeiro de tudo, venho me desculpar pela minha ausência aqui. Mas deixa estar, que irei me redimir com todos vocês que acessaram este portal e não depararam com nada novo. Bom para recomeçar nada melhor do que excelentes desenhos inspirados em personagens da série Sandman.
De acordo com o título da postagem, até parece que desfruto de uma certa intimidade para com Neil Gaiman. Não, o IndicadorOculto apenas segue a Página do facebook de um dos melhores autores de ficção da atualidade. E foi desta forma que o feed de notícias chamou minha atenção: "A LOT of people are drawing Sandman characters at this link..." Segue abaixo os desenhos que se destacam dos demais.
Para quem quiser conferir os outros desenhos, quem foi o autor de cada um e quem sabe até enviar o seu para ser publicado no álbum, basta clicar aqui.