25/08/2011

Os ensinamentos de Buda

O ponto central do Budismo é "ver", examinar clara e cuidadosamente o mundo que nos cerca, testar todas as coisas e cada ideia ou pensamento. Isso significa "conhecer" em vez de querer, acreditar ou esperar. A doutrina de Buda sempre enfatizou a consciência, o espírito de investigação, uma abertura pessoal. Por isso, ela não deveria ser considerada um sistema de crença ou religião.

Para muitos adeptos, a doutrina budista contida em diversas obras podem auxiliar as pessoas. No entanto, "a verdade genuína" é uma descoberta pessoal e não pode ser revelada e encontrada em livros ou nas palavras de outras pessoas. Dessa forma, Buda, ou "budas" (pessoas despertas) só podem apontar o caminho, uma direção, pois a verdade não pode ser aprendida com palavras, apenas pela experiência pessoal.

Buda ensinou ao homem que grande parte do sofrimento tem origem em seu pensamento e comportamento, influenciados pelos seis sentidos ou sensores (olhos, ouvidos, nariz, língua, corpo e mente). Os desejos (poder, fama, bens materiais, dinheiro) e nossas emoções (raiva, inveja, ciúme) são fontes de sofrimento causadas por apegas a essas sensações. A obsessão humana com as aparências e com o que as pessoas pensam a seu respeito também são fontes de sofrimento.

É preciso compreender que no Budismo o sofrimento é mais do que um sofrimento psicológico ou físico. Pode-se dizer que a nossa existência como um todo é marcada pelo sofrimento. Tudo aquilo a que nos apegamos ou amamos não é permanente, não vai durar, pois tudo na vida é passageiro.

Buda afirma que a origem do sofrimento humano é causado pelo desejo. O desejo se relaciona com a sede de prazeres físicos. Como essa ânsia nunca é saciada completamente, ela gera um sentimento de desconforto, sofrimento. Para Buda, enquanto o homem se apegar à vida, ele vai perceber o mundo com sofrimento. Por isso, o sofrimento pode ser levado ao fim quando o desejo cessa. Quando o desejo acaba, tem início o nirvana. Buda considerava que a única forma de se suprimir o desejo era acabar com a ignorância do homem.

Baseado em sua própria experiência, Buda considerava que o homem deveria sempre evitar os extremos da vida. Ele não deveria viver no prazer exagerado nem na auto negação extrema, pois ambos os extremos acorrentam o homem ao mundo e à roda da vida. O caminho para evitar o sofrimento é o Caminho do Meio. Aqueles que aceitarem este Nobre Caminho como um estilo de vida viverão em perfeita paz, livres de desejos egoístas, rancor e crueldade. Estarão plenos do espírito da abnegação e bondade amorosa.

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