Carlos Magno - séc VIII - havia criado um sistema de recrutamento militar, que resultou num "culto" aos fidalgos guerreiros, cujo código de conduta tornou-se um ideal romântico, apesar da realidade ser muito diversa. A formação do cavaleiro tinha início por volta dos 12 anos de idade, quando era obrigado a trabalhar como cavalariço durante dois anos, passando depois a ser escudeiro e aprendiz de cavaleiro. O treinamento incluía aulas de montaria, arco e flecha, espada e luta corporal.
Além do preparo militar, a educação sempre dava ênfase à caridade cristã, incentivando a piedade, honra, respeito às mulheres e compaixão pelos necessitados. Aos 21 anos, caso merecesse, o jovem era ordenado cavaleiro. No início não havia muita distinção de classe social entre eles. Qualquer um que tivesse dinheiro para se submeter ao treinamento e adquirir o equipamento poderia se tornar um cavaleiro.

Naquela época o cavaleiro, vestindo uma armadura, armado com espada e lança montado em um cavalo era uma verdadeira "máquina" de guerra que atraía e seduzia as pessoas. Muitos cavaleiros (principalmente os que não eram de famílias nobres) também mantinham acordos com senhores feudais para proteção de propriedades e bens, assim como para representá-los em disputas que fossem banais (duelos, por exemplo) ou participar de seus exércitos nos casos de guerra.
Embora os cavaleiros não fossem necessariamente parte da nobreza e nem todos os nobres fossem cavaleiros, as duas classes passaram a se fundir nesse período. No início do século 13 a cavalaria passou a ser formada por filhos da nobreza, porém grande parte não exercia a função de soldado. Data desse período a realização de torneios em que os cavaleiros demonstravam suas habilidades e o início da heráldica, em que uma casa de nobreza se distinguia das outras por realizar seu próprio brasão de armas.
Gostei do blog, você escreve sobre assuntos muito interessantes.
ResponderExcluirLogo estarei de volta pra ler mais posts.
Até a próxima.
Abraço.