30/09/2011

Hellblazer - Volume 1 no Brasil


Você que é fã de Hellblazer, com certeza já sabe. Neste mês de Setembro chegou às bancas o Volume 1 de uma das HQ's mais emblemáticas do selo Vertigo, John Constantine, Hellblazer. O título é Pecados Originais, são quase 180 páginas, reunindo 6 capitulos das versões originais, a capa é em brochura e a promessa é de uma edição por mês. Mandaram bem Panini!

"O horror urbano sujo de John Constantine, como narrado por Jamie Delano, é tão politicamente afiado, tem a mesma malícia das ruas e é tão divertido quando da primeira vez que foi publicado. Se você já parou pra se perguntar de onde os yuppies realmente vieram, ou o jeito certo de se falar zumbis, é melhor ler esta edição" - Neil Gaiman

Dizem que em 1986, enquanto devorava um sanduíche, Alan Moore olhou de relance e viu um homem de sobretudo. Esse homem então piscou um olho para Moore e sumiu. Parecendo que sabia que estava destinado a se tornar mais do que um mero coadjuvante, a criatura havia encontrado seu criador e deixado uma coisa clara: seria um protagonista.

A missão de tirá-lo da condição de secundário e torná-lo um personagem principal coube a Jamie Delano - segundo consta, indicado pessoalmente por Moore - que recebeu a tarefa de imaginar e povoar o universo de John Constantine. Ao lado do artista John Ridgway - que deu forma e cores a esse sombrio universo -, Delano estabeleceu uma vasta mitologia ao redor do personagem, criou coadjuvantes que estabeleceram e o acompanham até hoje e definiu o tom do título que é o mais longevo da Vertigo.


A abordagem de Delano não foi nada ortodoxa. Misturando assuntos polêmicos e do mundo "real" como economia, a Guerra do Vietña, racismo e a política da Inglaterra de seu tempo (final da década de 80), com temas sobrenaturais, idas ao inferno, negociatas de almas e fantasmas, Delano estabeleceu uma abordagem que ajudou a fixar o tom de toda uma geração de roteiristas que seguiram seus passos.

Mesmo passados mais de vinte anos desde que trabalhou em Hellblazer, a influência de Delano segue e continuará viva enquanto Chas ajudar John, enquanto Gemma tentar seguir os passos do tio e enquanto um mago encapotado cruzar Londres ao sabor do destino com um sorriso sarcástico (e talvez um cigarro aceso) em seus lábios...

Esse é John Constantine, o trapaceiro, o malandro, o ladrão, o Mago... a estrela de Hellblazer, a série mais longeva da Vertigo, que contabiliza mais de 250 edições. O personagem já deixou sua marca por todo o Universo DC ao longo desses mais de vinte anos, tendo se tornado a grande referência em quadrinhos de terror e mistérios adultos.

Bem-vindo a um Mundo Maldito... um mundo assombrado por magia negra, demônios e fastasmas de erros do passado - o mundo de John Constantine.

Ps.: Se você viu o filme, lançado em 2005, com Keanu Reeves como John Constantine (nada a ver com o loiro estilo Sting dos quadrinhos) fique certo, você não sabe nada sobre esta história.



28/09/2011

Geraldo Vandré - Personagem da Semana

Geraldo Vandré foi o nome artístico utilizado até o ano de 1968 por Geraldo Pedroso de Araújo Dias Vandregísilo, que nasceu em João Pessoa, Paraíba, no dia 12 de setembro de 1935. Entretanto, ele continua sendo conhecido até hoje pelo seu nome artístico, onde Vandré se trata de uma abreviatura do sobrenome do seu pai, José Vandregísilo.

Geraldo se mudou para a então Capital do Brasil em 1951, para ingressar na Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro, pela qual se formou em 1961. Militante estudantil, participou ativamente do Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes (UNE). Nesta mesma década de 60, Geraldo Vandré iniciou sua carreira musical, onde se tornaria um dos ícones da oposição ao regime militar.

O primeiro grande sucesso veio com Disparada cantada por Jair Rodrigues, foi vencedora junto com "A Banda" de Chico Buarque do Festival da Canção da TV Record em 1966. A história nos bastidores conta que apenas a música de Buarque ficaria em primeiro, porém Chico não concordou, pois considerava Disparada melhor que a sua e não aceitaria o prêmio. A situação foi resolvida quando foi informado que ele e Geraldo Vandré dividiriam o primeiro lugar.


Em 1968, mais uma vez uma composição de Vandré chegou à final do Festival da Canção da TV Record, só que desta vez era o próprio Geraldo quem interpretava sua canção e mais uma vez disputou o prêmio com uma música de Chico Buarque, "Sabiá" composta em parceria com Tom Jobim, onde desta vez não teve divisão de prêmio, que ficou para Chico. Mas a platéia de revoltou, pois queriam a composição de Vandré como campeã, e durante a apresentação da música vencedora só se ouvia vaias vindas da plateia. Este se tornou um dos momentos mais emblemáticos da história dos festivais.

A canção defendida por Geraldo Vandré era "Para não dizer que não falei de flores", simplesmente a música que se tornou o hino de resistência do movimento civil e estudantil que fazia oposição à ditadura militar durante o governo militar, e que em menos de um ano foi censurada. O Refrão "Vem, vamos embora / Que esperar não é saber / Quem sabe faz a hora, / Não espera acontecer" foi interpretado como uma chamada à luta armada contra os ditadores.



Após seu exílio (saiu do país em 68 e voltou em 73), Geraldo Vandré abandonou a vida pública e se afastou do mundo artístico, para atuar como advogado. Tal afastamento foi alvo de inúmeros boatos. O próprio Vandré em entrevista no ano de 2000, afirmou ter se exilado por vontade própria, devido a insatisfação com o clima político e disse ter abandonado a carreira artística por que a imagem de "Che Guevara Cantor" abafa sua obra.


Confira este vídeo abaixo, onde o cantor, após 40 anos recluso, concedeu uma esclarecedora entrevista exclusiva a Globo News, onde ele critica o cenário cultural brasileiro desde os anos 70 e demonstra uma lucidez única das grandes mentes. (O vídeo é longo, 50 minutos, mas vale a pena!)


"Quando eu terminei o meu curso de Direito aqui no Rio, e fui me dedicar a uma carreira artística, eu já sabia que: arte é cultura inútil. Mas eu, hoje, consegui ser mais inútil que qualquer artista. Eu sou advogado num tempo sem lei. Quer coisa mais inútil que isso?" 

26/09/2011

Tabaco - herança indígena

Índios americanos e europeus trocaram costumes que se revelariam mortais. É muito comum atribuir aos brancos a responsabilidade pelo alcoolismo entre os índios. Em diversas tribos, os homens se tornaram alcoólatras com muita facilidade, o que desestrutura a sociedade indígena. Ninguém, no entanto, culpa os índios por um hábito tão trágico quanto o álcool: fumar tabaco.  

Até os navegadores descobrirem a América, não havia cigarros na Europa nem o costume de tragar fumaça. Já os índios americanos fumavam, cheiravam e mascavam a folha de tabaco à vontade. A planta significava uma ligação com os espíritos e era usada em cerimônias religiosas. Entre os tupis, os caraíbas pregavam em transe, exaltados com o fumo muito intenso de tabaco. Em outras tribos, fumava-se antes de guerras, para aliviar dores e também por prazer.

Nas colônias do Caribe e do Brasil, os poderes do tabaco logo conquistaram os brancos. Apesar de evitarem aderir aos costumes indígenas, os padres faziam vista grossa para o fumo - eles também deveriam dar umas tragadas, pois acreditavam que a "erva santa" fazia bem para curar feridas, eliminar o catarro e aliviar o estômago, órgão que, diante da alimentação brasileira, fazia os padres sofrer.


O tabaco fez tanto sucesso no litoral de São Paulo que Luís de Góis, um dos fundadores da capitania de São Vicente, resolveu levar uma amostra do fumo ao rei de Portugal. Na corte, a planta chamou a atenção de Jean Nicot, embaixador francês em terras lusitanas. Entusiasmado com a descoberta, o diplomata mandou, em 1560, uma remessa de fumo para sua Rainha, Catarina de Médici. A rainha francesa adorava novidades e achou o tabaco sensacional, fazendo a planta cair no gosto da corte francesa.

O embaixador Nicot acabou emprestando seu sobrenome para o nome científico da erva (Nicotiana tabacum), assim como da substância "nicotina". Os primeiros carregamentos de tabaco consumidos entre os nobres europeus vieram do Brasil. É provável que a primeira plantação de tabaco para exportação do mundo tenha sido uma roça paulista de 1548. Por quase três séculos, a planta foi o segundo maior produto de exportação do Brasil, atrás apenas da cana-de-açúcar.

Séculos depois, com a industrialização do cigarro, o hábito de fumar tabaco resultaria numa catástrofe com milhões de mortes. A Organização Mundial de Saúde estima que o fumo vai matar 1 bilhão de pessoas no século XXI. Culpa dos Índios? Claro que não. Os Índios e seus descendentes não têm nenhuma culpa sobre um hábito que copiamos deles, e vice-versa.

Fonte: O texto foi retirado do livro "Guia politicamente incorreto da história do Brasil", de Leandro Narloch.

25/09/2011

Pontos de ônibus ao redor do mundo

Se você fizer parte de praticamente 90% da população mundial que já pegou algum ônibus público uma vez na vida, sabe que os pontos de ônibus não costumam ser um lugar agradável, até porque esperar ônibus é uma das ações mais tediantes, além de ser uma espera cheia de esperança, de ao menos ter um lugar para sentar, mas que nem sempre é o que acontece.

De uns anos para cá, a situação dos transportes públicos no Brasil veem melhorando. Mas ainda é pouco. Abaixo segue uma seleção de diversos pontos de ônibus mundo afora, onde em muitos casos além do conforto encontramos verdadeiras obras de arte. Vale a pena conferir.


Seatle - EUA
Arizona - EUA
Armênia
Austrália
Califórnia - EUA
China
Curitiba 
Dinamarca
Dubai - Emirados Árabes
Grécia
Havana - Cuba
Israel
Japão
Nova Zelândia
Feira de Santana - Brasil

Então, qual o melhor e qual o pior?

(Se tiver algum para completar este post é só enviar para indicadoroculto@gmail.com, ou então posta na Página do IndicadorOculto no Facebook.)

23/09/2011

Ubik - Livro pro fds

Versão brasileira
Em uma sociedade futurista, sofisticada e funcional, os mortos não morrem totalmente. São mantidos em meia-vida e podem se comunicar com os vivos, enquanto aguardam sua próxima encarnação. Em uma missão na Lua, algo terrível acontece. Uma cilada. E a morte de um personagem importante. Após isso, fragmentos da realidade vão transmigrando para o passado. O mundo parece se desfazer. A história retrocede.

Para evitar a completa deterioração de seu mundo e de si mesmo, Joe Chip tenta compreender o esfacelamento da realidade que o cerca e as forças contraditórias que agem sobre ela. Essa jornada desesperada encontra seu fim (ou seu começo?) em uma substância redentora capaz de inverter esse processo, e que é ironicamente apresentada sob a forma de um spray.

Ao mesmo tempo em que enreda brilhantemente à sua trama temas como morte, reencarnação e salvação, Ubik intriga ao questionar a verdadeira natureza da realidade, a frágil linha que separa lucidez e loucura, além de ser uma crítica sarcástica à sociedade de consumo. Como nos outros trabalhos ficcionais de Philip K. Dick, o ambiente futurista é mero cenário por onde transitam personagens em permanente conflito com seu mundo e com sua humanidade.

Versão estrangeira
Em 2005 este livro foi considerado um dos cem melhores romances em língua inglesa pela revista Time, esta incitante comédia metafísica sobre morte e salvação traduz plenamente o universo movediço de Dick: um mundo onde verdades nunca são totalmente definitivas; onde o real e o irreal se misturam constantemente, alterando a percepção de seus personagens e de seus leitores.

Fique tranquilo, o que eu contei da história é apenas um panorama geral, a trama vai mais além. Boa leitura.

22/09/2011

Hey Jude

Em 1968 Paul McCartney compôs uma de suas mais belas canções. Apesar da longa duração da música (mais de sete minutos), Hey Jude foi simplesmente o single mais vendido dos Beatles. A letra foi composta por Paul como uma forma de apoio a ex-mulher de John Lennon, e principalmente o filho do casal, Julian Lennon de apenas 5 anos.


Palavras de Paul sobre a origem da canção: "Eu achei que como amigo da família eu poderia ir a casa deles dizer que tudo ficaria bem, tentar animá-los e ver como estavam. Eu dirigi cerca de uma hora. Eu costumava desligar o radio nessas viagens e cantarolar, vendo se conseguia compor canções. Então comecei a cantar - 'Hey Jules - don't make it bad, take a sad song, and make it better...' - como uma mensagem de esperança para Julian. Tipo, 'qual é cara, seus pais estão se divorciando, sei que não está feliz, mas você ficará bem'. Depois eu mudei de Jules para Jud e gostei do som."

As aparições da música no cinema também são notáveis. Entretanto, a melhor utilização desta canção em um filme, foi feita por Wes Anderson na cena de abertura de The Royal Tenenbaums de 2001 (Os excêntricos Tenenbaums, título no Brasil). A cena é muito bem escrita e elaborada, onde ao som de Hey Jud somos apresentados a cada um dos filhos da família. A letra encaixa perfeitamente com a sequencia das cenas e com o enredo do filme.

20/09/2011

A história se repete

Complete o formulário abaixo seguindo três regras simples. Nos espaços antecedidos pela letra "X", preencha o nome de algum país pobre ou remediado. Nas lacunas acompanhadas de "Y" e "Z", insira o nome de nações ricas do hemisfério Norte. Para os demais espaços, escolha uma das opções fornecidas entre parênteses ou alguma de sua preferência.

A história do país X ________.

A história do país X _______ iniciou-se com o povoamento de grupos nômades provenientes do ____ (norte, sul, leste, oeste). Durante alguns milhares de anos, esses povos se espalharam por quase todo o território, sobrevivendo à base da agricultura rudimentar e da coleta de ____ (peixes, frutas), por meio de um sistema ______ (igualitário, sustentável).


No século ____, porém, essas tribos foram conquistadas por poderosos exploradores do império Y ______, que passaram a se usufruir do trabalho dos nativos, criando um sistema de exploração colonial. Em troca de pequenas manufaturas, os nativos forneciam aos estrangeiros uma série de matérias-primas essenciais para a crescente industrialização do império. 


Séculos depois, X _______ conquistou sua independência, mas manteve os laços de dependência econômica no âmbito da sociedade mercantilista. O revolucionário __________, homem de grande coragem, esperança e bigode, tentou livrar o país da pujança econômica internacional e diminuir as contradições inerentes ao capitalismo.


No entanto, seus ideais feriam os interesses da elite ______ (rural, escravistas, mercantil, burguesa) e também de um novo país, Z ______. Esta nação buscava expandir seu mercado consumidor e apoiou covardemente o massacre aos rebeldes promovido por Y_______. Em consequência de tantos séculos de opressão, X _______ vive hoje graves problemas sociais e econômicos.


Existe um esquema tão repetido para contar a história de alguns países que basta misturar chavões, mudar datas, nomes de nações colonizadas, potências opressoras, e pronto. Você já pode passar em qualquer prova de história na escola e, na mesa do bar, dar uma de especialista em todas as nações da América do Sul, África e Ásia. As pessoas certamente concordarão com suas opiniões, os professores vão adorar as respostas.

(Texto de Leonardo Narloch, 2009)  

19/09/2011

Logo composto pela marca rival

Partindo do princípio que as logos são os identificadores visuais das marcas, e por terem um caráter de identidade e forma imutável, é de se imaginar que a logo de uma empresa esteja o mais distante possível da identidade visual da sua principal concorrente. Ainda mais se tratando de marcas internacionalmente bem sucedidas.

Foi justamente com essa ideia que o designer Stefan Asafti, decidiu realizar seu projeto, que tem como objetivo é utilizar as logos de uma empresa para compor a logo da sua maior rival, para assim ampliar seu significado e criar uma espécie de confusão para quem observa. A verdade é que cada par de rivais tem algo em comum, algo que ajudou-os a construir uma identidade sobre a outra, daí o nome do projeto ser Brandversations.









18/09/2011

Impressão Holográfica

Este vídeo mostra o trabalho da empresa Zebra Imagin, e se trata de uma impressão digital holográfica. Este holograma foi criado com base nos dados do Google Sketchup. A cidade que serviu de modelo foi o centro de Seattle. As alturas neste holograma chegam a ter cerca de 10 polegadas, o equivalente à 25 centímetros.


16/09/2011

A personalidade de uma Moto

Uma das medidas de lealdade a uma marca é a porcentagem de clientes que tatuam o símbolo da marca no próprio corpo. De acordo com esse critério, a Harley-Davidson tem a maior lealdade em relação a qualquer marca do mundo. Na realidade, a tatuagem mais popular nos Estados Unidos é o símbolo da Harley-Davidson.

Muitos dos proprietários, consideram a Harley-Davidson um bem importante em suas vidas e identidades. Mais de 250 mil desses proprietários pertence a uma das quase 800 agremiações regionais do Harley Owners Group (HOG) - o grupo de proprietários de motocicletas Harley-Davidson. Os sócios do HOG recebemum boletim bimestral e participam de reuniões semanais ou mensais, bem como das caravanas motociclísticas patrocinadas pelos revendedores.

A grafia HOG, em inglês, trás consigo um trocadilho. Hog significa 'porco' em inglês, e os donos de Harleysorgulham-se de sua aparência quase meio desleixada e agressiva. Na gíria americana, um hog é a antítese de pig, que também se traduz como 'porco', mas é a designação pejorativa dada aos policiais.

A Harley-Davidson é muito mais do que uma motocicleta; é uma experi~encia, uma atitude, um estilo de vida e um veículo para se expressar quem se é. Uma das imagens mentais da Harley, aquela de uma moto sozinha na estrada infindável em alguma parte da vastidão da América, expressa claramente a individualidade inflexível e a liberdade pessoal.

Embora a Harley-Davidson tenha mantido uma personalidade de marca consistente, baseada em grande parte em associações com o herói popular americano 'machão' do Velho Oeste, a empresa teve sucesso na ampliação do imaginário de seus usuários quando se baseou no valor da liberdade. Um bom exemplo dessa propagação da imagem da Harley-Davidson é o filme "Easy Rider" (Sem Destino, o título aqui no brasil) de 1969, e que contava com os sensacionais Jack Nicholson e Peter Fonda no elenco principal.


Este filme marcou época nos cinemas, e principalmente, marcou uma geração. Esta produção foi a precursora da categoria dos Road Movies. O roteiro apresenta reflexos dos livros de Jack Kerouac (principalmente o clássico "On The Road"), um dos principais autores da geração Beat estadunidense. Proposta de identidade que tinha tudo a ver com o que a Harley-Davidson queria para rejuvenescer a sua marca.

14/09/2011

Marshall McLuhan - Personagem da Semana

Neste ano, o autor das expressões "o meio é a mensgem" e "aldeia global", completaria um século de vida, se ainda estivesse de corpo presente entre nós, humanos. Embora não tenha sido perfeitamente compreendido pelo seu tempo, nos dias atuais, tem sido aclamado como um visionário que antecipou as respostas para as quais ainda não havia perguntas.

"Hoje o negócio do mundo dos negócios é criar novos negócios."

McLuhan era muito talentoso com as palavras e seu dom para a retórica o fez se destacar em ambas as extremidades do espectro: dos seus entusiasmados seguidores aos que negavam sua importância. Ele era um poeta-sociólogo, algo que, normalmente, não encontramos em qualquer esquina.

"Toda publicidade anuncia publicidade."

A velocidade das mudanças que o mundo das comunicações enfrenta, somada à transformação que os novos suportes e linguagens trazem aos consumidores de conteúdo, é um grande sinal de que McLuhan estava certo, há 50 anos, quando defendeu que os meios seriam "extensões do homem".

"Qualquer homem hoje é de certo modo, um artista."



Geralmente, estamos hoje mais conscientes de que cada tecnologia cria um ambiente novo. Ele nos ensinou como identificar esses novos ambientes, examinando os seus defeitos. Devemos estudar os efeitos colaterais da mídia para perceber o atual ambiente em que vivemos. Marshall era um observador arguto do ambiente que o cercava, por isso ele já tinha percebido que todo seu entorno iria passar por um processo de miniaturização. Esse mesmo conceito poderia se aplicar, depois, à televisão e a todos os outros engenhos que viabilizam a existência de novos meios.

"O futuro do livro é uma sinopse."

McLuhan percebeu, antes de seus comtemporâneos, sobretudo da área da comunicação, que as mudanças tecnológicas alterariam também a dinâmica do consumo de conteúdos e entretenimento. Na sua mais célebre frase "o meio é a mensagem", ele não estava abrindo mão do conteúdo da mensagem, mas sim sobre os impactos da tecnologia na vida das pessoas. 

"Olhamos o futuro por um retrovisor. Marchamos de volta para o passado."

Quando a revolução digital ainda estava no berço (final da década de 70), McLuhan já nos estimulava a abraçar os novos meios e olhar para frente. Ele dizia que olhamos o futuro pelo retrovisor. É isos que acontece, por exemplo, quando tratamos os e-books como meras emulações dos livros impressos. 

"Nosso tempo é um mundo novo em folha do tudo ao mesmo tempo agora. O tempo cessou, o espaço desapareceu. Vivemos agora, em uma aldeia global..."

12/09/2011

The Art of Flight

Uma nova geração de filmes sobre esportes radicais ganharão vida com o projeto Red Bull Mídia House, que em associação com Brain Farm Digital Cinema, apresentarão neste mês de Setembro a produção "The Art of Flight" do diretor Curt Morgan. O filme acompanha Travis Rice, John Jackson, Mark Landvik, Scotty Lago, Jake Blauvelt, Nicolas Muller, Gigi Ruf, DCP, Mark McMorris e Pat Moore inventarem novas aventuras e em levar o snowboard à níveis inimagináveis.


A produtora Brain Farm teve que reunir um arsenal das tecnologias cinematográficas mais avançadas e de ultima geração para conseguir trazer às massas uma aventura de proporções épicas. Filmado em locações como Jackson Hole, Alaska, Chile, Aspen, Patagonia, British Columbia e mais, muito mais. O voo dos snowboarders leva o espectador ao longo de uma combinação perfeita entre aventura/drama e viagens de pura adrenalina. 

10/09/2011

O Homem do Futuro - Cinema

Na primeira sexta-feira de Setembro foi a estreia do mais novo filme do diretor Cláudio Torres - filho de Fernanda Montenegro e lógico, irmão da Fernanda Torres - que já tinha realizado outros dois excelentes trabalhos como A Mulher Invisível (2009) e Redentor (2004).

O Homem do Futuro, pode ser considerado como uma comédia romântica com tempero de ficção científica. E mais do que isso, O Homem do Futuro pode ser considerado como a melhor estreia do cinema nacional este ano. O filme se destaca pelo entrosamento do elenco e por ser um tema (ficção científica) muito pouco utilizado pelas produções nacionais.

Sim, muitos podem falar que a temática e algumas situações do filme não são originais, visto que apresenta semelhanças com filmes como De Volta para o Futuro (1985), Efeito Borboleta (2004) e O Pagamento (2003), mas que para os padrões nacionais se mostra muito interessante, até porque a sua principal intenção é entreter, e consegue cumpri-la com louvor.

É interessante ressaltar também, que ao contrário do que andei lendo em outros sites, onde afirmavam que era a primeira vez que se utilizava a ficção científica e comédia romântica em uma mesma produção nacional, é algo que está longe de ser verdade. Em 2006 foi lançado o excelente, mas pouco badalado A Máquina(2006) direção de João Falcão, e que também conta com Wagner Moura no elenco (só que dessa vez em uma participação especial) e que também precisa ser lembrado como uma das últimas participações cinematográficas do mito Paulo Autran, que viria a falecer no ano seguinte.

Mas o post é para falar sobre O Homem do Futuro. Não só falar, como para recomendar também. É um filme leve que vai conquistando o espectador aos poucos. A trilha sonora além de contar com excelentes músicas, consegue encaixar perfeitamente com os acontecimentos do filme, como é o caso de Creep (que não é a versão original do Radiohead, mas que encaixou muito bem), e claro, da música Tempo Perdido, que funcionou muito bem nas vozes de Aline Moraes e Wagner Moura em uma das melhores cenas musicais do cinema nacional.

07/09/2011

Restaurando monumentos com Lego

Em 2007 o alemão Jan Vormann, pôs em prática um projeto artístico, que vislumbrava se tornar algo mais, tinha como objetivo ser um manifesto, que assim como toda arte, visa uma única reação, inspiração. Vormann resolveu começar a restaurar monumentos e lacunas de prédios danificados com peças de lego. Este projeto, intitulado Dispatchwork, teve como ponto de partida  as paredes de Bocchignano, um vilarejo em Roma.

Em três anos com o projeto posto em prática, Jan restaurou cenários urbanos em 10 cidades diferentes mundo afora, entre elas Berlim, New York e Tel Aviv em Israel. E partindo do princípio que seu projeto artístico trata-se de um manifesto, Jan Vormann tem como objetivo e propósito encorajar qualquer pessoa a reunir um grupo e muitas peças de lego para realizarem tais "restaurações" por conta própria em suas cidades,.

Se você quiser participar, basta começar, depois tire as fotos da sua legorestauração e envie para o e-mail de contato do projeto que é: dispatchwork@gmail.com que sua intervenção será postada no site http://www.dispatchwork.info/ Até hoje 22 cidades já contaram com grupos que aderiram à ideia, São Paulo é a representante brasileira.

Toulouse, França

Toulouse, França

Barcelona, Espanha

Arnsberg, Alemanha

Bocchignano, Itália
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...