O que você diria de um rapper, que no seu mais recente trabalho musical, está sendo capaz de chamar, positivamente, a atenção de público e crítica pelas suas letras, melodias e uma verdadeira mistura de ritmos e referências. Você pode chamar ele de Doido. Criolo Doido para ser mais exato.
Sua história de vida é ao mesmo tempo inusitada e comum. A parte comum é que ele é paulista, corinthiano, mulato, filho de pais nordestinos, mora na periferia da Grande São Paulo mais precisamente na Zona Sul.
Já a parte inusitada diz bastante sobre sua personalidade forte e extrovertida. Desde pequeno (aos 13 anos) Criolo já participava de eventos de rappers na Zona Sul chamadas de "rinhas", onde o improviso é livre e o rapper precisa fazer suas rimas em frente à platéia. Ele já participou de 30.
Quando sua mãe foi matriculá-lo no ensino médio, Criolo falou para ela se matricular também, pois assim conseguiria completar seus estudos (sua mãe tinha parado no ensino fundamental). Sim, mãe e filho estudaram e se formaram juntos. Ao final do colégio Criolo seguiu seu rumo na música enquanto sua mãe fez faculdade de filosofia e pedagogia e depois fundou uma ONG no Grajaú (bairro onde moram), o Centro de Arte e Promoção Social (Caps).
Voltando ao rapper. Seu mais recente álbum, "Nó na Orelha" que foi lançado gratuitamente na internet através do seu site oficial, está sendo proferido por diversos críticos musicais e revistas especializadas como um dos melhores discos brasileiros de 2011. São ao todo 10 faixas, com sonoridade bem diversificada, com letras e rimas bem construídas. O primeiro áudio a vir a público, foi a excelente balada "Não existe amor em SP", que mostro abaixo, e em seguida postei também um vídeo da participação do Criolo no programa "Na Brasa"da MTV, onde dá para ter uma noção da doidera que é o som do Criolo Doido.
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