05/09/2011

O Eterno Retorno II

Em Junho escrevi um post sobre o tema do Eterno Retorno em Nietzsche (1844-1900). Onde seu conceito conduz ao questionamento sobre a vida: se a amamos ou não. Nietzsche com suas ideias revela a possibilidade de redescoberta do valor da vida, de alcançar a vista para horizontes menos estreitos e ásperos e perceber que existe uma outra maneira de viver. Afinal se tudo retorna (prazer, dor, alegria, angústia, guerra, paz, etc.), conseguimos amar a vida a ponto de querermos vivê-la infinitas vezes, tal como ela é?

 Este tema me remete a diversos outros assuntos abordado por diferentes formas de pensamento e culturas, como por exemplo os ciclos da vida, os conceitos de reencarnações e à roda da vida. E foi justamente na filosofia budista que me deparei com este assunto novamente. Em outra perspectiva de pensamento, onde o eterno retorno se dá através do tempo e que nós seres humanos fazemos parte deste ciclo natural da nossa existência.

Roda do Dharma (roda da vida)
Segundo Buda, todos os seres sencientes estão presos em um contínuo ciclo da vida, morte e renascimento, por um número ilimitado de vidas até que alcancem a "iluminação". Os nascimentos estão associados à consciência das memórias e a do carma de suas vidas passadas. O termo carma significa "trabalho, ação". Dessa forma, qualquer atitude física, mental ou verbal realizada com intenção pode ser chamada de carma.

O tipo de vida em que a pessoa vai renascer sempre depende de suas ações em vidas anteriores, pois tudo o que vivemos é determinado pelo carma passado. A salvação consiste em ser libertado do ciclo vicioso dos renascimentos ( o Eterno Retorno). A "Iluminação" pode ser conquistada por meio da prática diligente, da compaixão pelos seres vivos, da bondade e do condicionamento da mente para evitar apegos. Quando isso ocorre, o homem ascende ao estado de nirvana, um estado de consciência suprema de libertação e suprema felicidade.

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