Na primeira sexta-feira de Setembro foi a estreia do mais novo filme do diretor Cláudio Torres - filho de Fernanda Montenegro e lógico, irmão da Fernanda Torres - que já tinha realizado outros dois excelentes trabalhos como A Mulher Invisível (2009) e Redentor (2004).
O Homem do Futuro, pode ser considerado como uma comédia romântica com tempero de ficção científica. E mais do que isso, O Homem do Futuro pode ser considerado como a melhor estreia do cinema nacional este ano. O filme se destaca pelo entrosamento do elenco e por ser um tema (ficção científica) muito pouco utilizado pelas produções nacionais.
Sim, muitos podem falar que a temática e algumas situações do filme não são originais, visto que apresenta semelhanças com filmes como De Volta para o Futuro (1985), Efeito Borboleta (2004) e O Pagamento (2003), mas que para os padrões nacionais se mostra muito interessante, até porque a sua principal intenção é entreter, e consegue cumpri-la com louvor.
É interessante ressaltar também, que ao contrário do que andei lendo em outros sites, onde afirmavam que era a primeira vez que se utilizava a ficção científica e comédia romântica em uma mesma produção nacional, é algo que está longe de ser verdade. Em 2006 foi lançado o excelente, mas pouco badalado A Máquina(2006) direção de João Falcão, e que também conta com Wagner Moura no elenco (só que dessa vez em uma participação especial) e que também precisa ser lembrado como uma das últimas participações cinematográficas do mito Paulo Autran, que viria a falecer no ano seguinte.
Mas o post é para falar sobre O Homem do Futuro. Não só falar, como para recomendar também. É um filme leve que vai conquistando o espectador aos poucos. A trilha sonora além de contar com excelentes músicas, consegue encaixar perfeitamente com os acontecimentos do filme, como é o caso de Creep (que não é a versão original do Radiohead, mas que encaixou muito bem), e claro, da música Tempo Perdido, que funcionou muito bem nas vozes de Aline Moraes e Wagner Moura em uma das melhores cenas musicais do cinema nacional.
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