Nelson Falcão Rodrigues nasceu no dia 23 de agosto de 1912 em Recife, Pernambuco. Era o quinto de um total de quatorze irmãos. Mudou-se com a família para o Rio de Janeiro em 1916, onde viveria por toda sua vida. Seu pai, o ex-deputado federal e jornalista Mário Rodrigues, estava sendo perseguido politicamente e resolveu se estabelecer na então capital federal em julho de 1916, empregando-se no jornal Correio da Manhã, de propriedade de Edmundo Bittencourt.
Sua lápide |
Na década de 1920, Mário Rodrigues fundou o jornal A Manhã, após romper com Edmundo Bittencourt. Seria no jornal do pai que Nélson começaria sua carreira jornalística, na seção de polícia, com apenas treze anos de idade. Os relatos de crimes passionais e pactos de morte entre casai apaixonados incendiavam a imaginação do adolescente romântico, que utilizaria muitas da histórias reais que cobria em suas crônicas futuras. Neste período a família Rodrigues conseguiria atingir uma situação financeira confortável, mudando-se para o bairro de Copacabana, então um arrabalde luxuoso da orla carioca.
Sua primeira peça foi A Mulher sem Pecado de 1941, que lhe deu os primeiros sinais de prestígio dentro do cenário teatral. O sucesso mesmo veio com Vestido de Noiva de 1943, que trazia, em matéria de teatro, uma renovação nunca vista em nossos palcos. A consagração se seguiria com vários outros sucessos, transformando-o no grande representante da literatura tetral do seu tempo, apesar de suas peças serem taxadas muitas vezes como obscenas e imorais.
Em 1962, começou a escrever crônicas esportivas, deixando transparecer toda sua paixão por futebol. Como cronista esportivo, Nélson escreveu textos antológicos sobre o Fluminense Football Club, clube para o qual torcia fervorosamente. A maioria dos textos eram publicados no Jornal dos Sports. Junto com seu irmão, o jornalista Mário Filho, Nélson foi fundamental para que o clássico Fla-Flu tivesse conquistado o prestígio que conquistaram e se tornasse um dos maiores clássicos do futebol brasileiro. Nelson Rodrigues criou e evocava personagens fictícios como Gravatinha e Sobrenatural de Almeida, além de exaltar lances, jogadas e jogadores (modestos ou excelentes craques) para elaborar textos a respeito dos acontecimentos esportivos relacionados ao clube de coração.
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