14/09/2011

Marshall McLuhan - Personagem da Semana

Neste ano, o autor das expressões "o meio é a mensgem" e "aldeia global", completaria um século de vida, se ainda estivesse de corpo presente entre nós, humanos. Embora não tenha sido perfeitamente compreendido pelo seu tempo, nos dias atuais, tem sido aclamado como um visionário que antecipou as respostas para as quais ainda não havia perguntas.

"Hoje o negócio do mundo dos negócios é criar novos negócios."

McLuhan era muito talentoso com as palavras e seu dom para a retórica o fez se destacar em ambas as extremidades do espectro: dos seus entusiasmados seguidores aos que negavam sua importância. Ele era um poeta-sociólogo, algo que, normalmente, não encontramos em qualquer esquina.

"Toda publicidade anuncia publicidade."

A velocidade das mudanças que o mundo das comunicações enfrenta, somada à transformação que os novos suportes e linguagens trazem aos consumidores de conteúdo, é um grande sinal de que McLuhan estava certo, há 50 anos, quando defendeu que os meios seriam "extensões do homem".

"Qualquer homem hoje é de certo modo, um artista."



Geralmente, estamos hoje mais conscientes de que cada tecnologia cria um ambiente novo. Ele nos ensinou como identificar esses novos ambientes, examinando os seus defeitos. Devemos estudar os efeitos colaterais da mídia para perceber o atual ambiente em que vivemos. Marshall era um observador arguto do ambiente que o cercava, por isso ele já tinha percebido que todo seu entorno iria passar por um processo de miniaturização. Esse mesmo conceito poderia se aplicar, depois, à televisão e a todos os outros engenhos que viabilizam a existência de novos meios.

"O futuro do livro é uma sinopse."

McLuhan percebeu, antes de seus comtemporâneos, sobretudo da área da comunicação, que as mudanças tecnológicas alterariam também a dinâmica do consumo de conteúdos e entretenimento. Na sua mais célebre frase "o meio é a mensagem", ele não estava abrindo mão do conteúdo da mensagem, mas sim sobre os impactos da tecnologia na vida das pessoas. 

"Olhamos o futuro por um retrovisor. Marchamos de volta para o passado."

Quando a revolução digital ainda estava no berço (final da década de 70), McLuhan já nos estimulava a abraçar os novos meios e olhar para frente. Ele dizia que olhamos o futuro pelo retrovisor. É isos que acontece, por exemplo, quando tratamos os e-books como meras emulações dos livros impressos. 

"Nosso tempo é um mundo novo em folha do tudo ao mesmo tempo agora. O tempo cessou, o espaço desapareceu. Vivemos agora, em uma aldeia global..."

Um comentário:

  1. Bem bacana este texto. O vídeo do filme do Woody Allen é bem divertida.

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